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O (ainda) inexplorado mercado da natação infantil

Colunista: Patricia Totaro

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Academia Greenlife, unidade Guararapes, Fortaleza, CE (Projeto Patrícia Totaro Arquitetura)

Todo o mercado de academias está discutindo há algum tempo, a forte tendência das academias de nicho, que são aquele modelo de negócio bastante focado, com uma ou no máximo duas modalidades. Elas são uma tendência nos Estados Unidos e Europa e começam a crescer bastante aqui no Brasil.

Mas o que o mercado não está lembrando é que Escola de Natação Infantil é uma academia de nicho! E a que tem o maior índice de fidelização!!! Aqui no Brasil temos ótimos gestores individuais, porém temos pouquíssimas redes, como vemos nas academias “secas”. A vantagem de se ter uma rede é poder crescer de forma estruturada, rápida e ganhar na escala, uma vez que o marketing, o treinamento e até o conceito arquitetônico é otimizado.

A maioria das crianças em algum momento de sua infância vai aprender a nadar. Ou seja, sem trocadilhos, a piscina é realmente um oceano azul. Existem poucas escolas, a maioria com uma gestão técnica muito boa, mas a grande maioria sem um ambiente bem planejado e também sem uma gestão administrativa profissional.

Arquitetura para as Escolas de Natação Infantil

O primeiro ponto para se planejar uma escola de natação infantil é lembrar que o cliente é a criança e o decisor são os pais. Parece óbvio, mas em 99,9% das escolas que eu visito, o balcão de recepção é alto e as crianças enxergam uma “parede” do ponto de vista dela. Se você já tem uma escola, pode amanhã mesmo colocar algum elemento atrativo na altura da visão das crianças.

Toda a arquitetura deve remeter à segurança: os pisos precisam ser antiderrapantes desde a recepção, não se pode ter quinas vivas em móveis e deve-se evitar ao máximo degraus. Lembrem-se que, em geral, crianças correm e não andam!

O ambiente precisa ser atrativo para as crianças, mas evitem o efeito de “buffet infantil”, pois não transmite a sensação de credibilidade aos pais. Novamente, lembrem-se de colocar a decoração na altura dos olhos das crianças.

Um ponto fundamental a se atentar no momento de se planejar a distribuição dos espaços é a área onde os pais assistem às aulas: o ideal é que não seja no ambiente da piscina para não distrair as crianças, que seja confortável e que tenha uma ampla visão das piscinas. Se ele estiver em um nível mais alto que o deck das piscinas é ótimo tanto para a visualização dos adultos quanto para evitar a distração dos pequenos.

Carrinhos de bebê devem conseguir circular por toda a área seca da escola. E precisam ter um espaço adequado para serem guardados. Da mesma forma que as mochilas que as crianças mais velhas trazem, que ocupam bastante espaço.

Os vestiários precisam também ser definidos com muito critério: espaços para bebês, crianças pequenas que precisam de acompanhantes e crianças mais velhas que já tenham autonomia têm que ser separados. A mãe que leva meninos e principalmente o pai que leva meninas é um ponto de atenção sempre.

A estrela: a piscina

O tamanho da piscina depende do modelo de negócios, mas a profundidade ideal deixa um adulto em pé. Se for necessário que a criança menor fique em pé também, podem ser usadas plataforma removíveis. É muito bom ter degraus dentro da água, para a adaptação de crianças menores.

Lembre-se de deixar espaço adequado em volta da piscina para o acesso de crianças e também para armazenagem de acessórios, que são praticamente infinitos…

E lembre-se também de usar elementos lúdicos alinhados com a questão técnica, pois crianças aprendem brincando, sempre!

E, principalmente, acredite nesse mercado de nicho!

Pense nisso e bom projeto!

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