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Ensinar mais, reproduzir menos

Colunista: Geraldo Filho

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A prática do exercício físico é um fenômeno sócio cultural e de saúde pública. Ao mesmo tempo em que melhora o desempenho das capacidades, habilidades e condições físicas, ainda proporciona interação social pela prática em grupo, dando origem aos termos atuais de ginástica coletiva ou treinamento em grupo, e acreditem: AS PESSOAS AMAM GINÁSTICA COLETIVA!

Partindo dessas informações, podemos concluir que estamos mais uma vez do auge das aulas coletivas, seja em academias, clubes, condomínios ou ao ar livre. Porém, diversos profissionais, cada vez mais se utilizam de formas prontas de aulas para aplicarem nos alunos enquanto os profissionais de coletivas autorais estão cada vez mais escassos. Existem prós e contras nos dois modelos, porém os conceitos a seguir estão ligados diretamente a questões de eficiência e segurança dentro do segmento e devem ser analisados e aplicados de forma coerente.

“As atividades físicas coletivas ou aulas de ginástica, são aquelas orientadas em grupo, no mesmo programa físico, dentro das mesmas condições de recursos humanos, ambiente, informação, com ou sem implemento, entre outras características compartilhadas, porém utilizando-se de estratégias que permitam o controle individual de cada participante.”

“A função do professor é orientar os indivíduos e fazer com que os praticantes sejam autônomos e capazes de se conhecerem e aos seus limites, por diferentes formas de controle.”

Quando o aluno se propõe a participar de uma aula coletiva, no pensamento dele o professor deverá ORIENTAR movimentos que ele nunca fez ou que ele tenha dificuldade em executar, seja em uma aula neuromuscular ou aeróbica, coreografada ou não. Apesar da qualidade técnica e habilidade que muitos professores possuem, alguns estão muito mais preocupados em reproduzir as aulas do que ensinar aos alunos.

 

Reproduzir ou ensinar?

Nos diversos cursos e palestras que faço, constantemente venho alertando sobre esse assunto, que muitas vezes é necessário treinar primeiro o movimento antes de treinar o músculo. O grande problema é que muitas pessoas que procuram as aulas coletivas possuem pouca ou nenhuma consciência corporal, dificuldades de coordenação motora, pouca flexibilidade ou algum outro problema que afete a eficiência dessas características, sem sombra de dúvida isso tudo poderá ter influência negativa na participação dela na sessão de treinamento e no resultado final e, como consequência, causar até mesmo uma desistência advinda de uma falta de motivação que poderia ter sido evitada se a tivesse sido dada mais atenção à parte cognitiva.

Não se deve aplicar treinamentos sem ter a certeza que nossa turma estará educada para tal, e que fará execução dos movimentos de forma correta, sem afetá-la de forma negativa (com sobrecarga ou não), mesmo que sejam movimentos considerados básicos, e isso serve para qualquer tipo de treinamento.

Quando o professor se propõe apenas a reproduzir as aulas, estará deixando de participar do processo educativo do aluno; a função de “educador” é mais importante do que a de “treinador”, e a busca das pessoas por resultados rápidos não pode nos influenciar a passar por cima dessas etapas tão importantes, como a de educar e reeducar. Infelizmente está se vendendo muito a superação através do desempenho, mas sabemos que desempenho atlético é para atletas e esse não é o público nas salas de ginástica. Devemos induzir e conduzir pessoas a terem boa postura, boa consciência corporal, para em um futuro ela conseguir executar movimentos a partir da eficiência do treinamento e dessa forma potencializar os resultados almejados.

Tenha personalidade nas suas aulas

Por isso, professores de ginástica coletiva, ensinem mais e reproduzam menos, o ato de apenas reproduzir poderá diminuir sua capacidade de desenvolver sua identidade profissional, suas habilidades e talento, de pôr em prática conhecimentos necessários, sobre assuntos e procedimentos que influenciarão diretamente na evolução e resultado dos seus alunos. Crie, recrie, adapte e PENSE, afinal de contas, aulas coletivas são treinamentos eficientes se forem bem organizados e monitorados.

É preciso, portanto, entender que o perfil de profissionais de aulas coletivas, assim como os demais atuantes no fitness, sofreram modificações significativas no decorrer do tempo: não basta apenas ser animado, ter ritmo, coordenação, dominar frase musical e usar música da moda, as pessoas querem resultados e para terem resultados procuram profissionais que apliquem na prática o que a ciência mostra.

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