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Metas/Objetivos dos alunos e ação do professor

Colunista: Mauro Guiselini

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De acordo com os estudos e pesquisas, as Metas/Objetivos pelos quais os alunos procuram um Programa de Aptidão Física determinam a ação do professor (Guiselini et al.,2016), ou seja, a identificação de objetivos específicos (vamos denominar objetivos do professor).  Eles têm relação com o desenvolvimento de capacidades biomotoras determinantes, previamente selecionadas, a escolha de modalidades de exercícios específicos para tais objetivos e de que, acima de tudo, o aluno gosta, sente prazer em praticar e, para completar, a escolha dos métodos de treinamento.

Fig. 1 Programa de Condicionamento Físico: metas/objetivos

Na prática, o desafio do profissional de educação física é identificar as metas/objetivos e necessidades pelos quais o aluno vai iniciar o programa. Deve ficar bem claro por que o aluno/cliente “deseja alcançá-las”, inclusive o prazo esperado para tal. Esse trabalho, feito pelo Avaliador Físico ou pelo próprio Personal Trainer ajuda a relacionar os objetivos do professor, aqueles que irão nortear a elaboração do programa de treinamento, composto dos seguintes itens:

  • Avaliação inicial: identificação dos déficits de movimento
  • Seleção das modalidades de exercícios,
  • Métodos de treinamento,
  • Periodização do treinamento (construção teórica) e elaboração e aplicação prática (montagem da aula).
  • Avaliação de controle.

Objetivos x Necessidades: o desafio do professor

Mais recentemente, com as mudanças nos programas de avaliação do aluno ingressante, a Avaliação Física Multifuncional permite identificar, por meio de testes específicos, as necessidades dos alunos em relação à pratica do exercício físico – os déficits de movimento. É realmente uma situação bastante delicada, uma vez que nem sempre o que o aluno deseja é do que necessita e o contrário também é verdadeiro – do que necessita não é o que realmente deseja. Um exemplo prático:

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Mauro Guiselini, 25,7% dos alunos, de ambos os sexos, que iniciam um programa de condicionamento físico em academias, necessitam realizar um programa de exercícios para melhorar a estabilidade do CORE (Guiselini, 2016), considerando os resultados obtidos no teste de Kendall para avaliar a força e estabilidade do CORE. No entanto, a grande maioria não aceita essa recomendação, preferem fazer os exercícios tradicionais para fortalecer o abdome, mesmo sabendo dos riscos e inconveniências de tal atitude.

Para esses alunos, a prescrição dos exercícios, com base nos resultados da avaliação, recomenda-se iniciar com exercícios específicos para melhor a consciência corporal, controle da respiração e estabilização dos músculos do CORE. Segundo McGuill (2003), o desenvolvimento da resistência do CORE deve anteceder o desenvolvimento da força, para a prevenção de lesões bem como para a reabilitação de lesões da coluna lombar.

A força e potência do CORE parecem ser mais importantes para aumentar as medidas de desempenho relacionadas aos esportes – habilidades motoras esportivas que requerem também a agilidade, velocidade, como por exemplo, no salto vertical. A resistência do CORE parece ser mais importante para a prevenção de lesões e reabilitação (McGuill, 2007). Isso significa que, participar de uma “aula de abdominal, com 30 minutos de duração, com inúmeras repetições, com flexões da coluna lombar”, pode não ser recomendado para aqueles alunos com pouca estabilidade do CORE. Esses alunos deveriam iniciar um programa de exercícios para melhorar a consciência e controle do CORE, estabilização – aprender a acionar voluntariamente os músculos estabilizadores profundos, multífido e transverso do abdome. Aprender a estabilizar a coluna lombar e realizar movimentos acionando os quadris é o mais recomendado, conforme os exercícios citados ao lado.

Referências

  1. Boyle, M. Functional Training for Sports. Human KInectics: Champaing, IL,2004.
  2. Guiselini, M e Guiselini, R . Treinamento MultiFuncional: fundamentos teóricos e exercícios práticos. Instituto Mauro Guiselini. São Paulo. 2016
  3. Clark, M. et al. NASM essential of Personal Fitness Training. 3a. ed. Lippincot Willians & Wilkins. Phyladelphia, 2008.
  4. McGill, S. Low Back Disorders: Evidence Based Prevention an Rehabilitation. Human Kinectics: Champaing, IL , 2007.
  5. McGill, S. Ultimate Back Fitness and Performance. 3a. ed. Backfitpro Inc. Waterloo, 2004

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