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Inovação nos negócios – Parte 3

Colunista: Edvaldo de Farias

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Quer um diferencial competitivo? Cultura da inovação pode ser o melhor para a sua empresa!

Em continuidade ao artigo anterior, e finalizando a abordagem desta temática aqui na coluna, retomamos aqui as duas formas citadas do processo inovador descritas por Christensen (2012) e Barguil (2009): inovações RADICAIS e inovações INCREMENTAIS. Como dito no artigo anterior, as RADICAIS respondem pelas substituições de algo que já existe, revolucionam o mercado e relegam à obsolescência tudo o que as antecedeu na solução por determinada demanda. Já as INCREMENTAIS, respondem por melhorias e aperfeiçoamentos a soluções já existentes, e as modificam fazendo com que se modifiquem na forma e, por conseguinte, com ganhos em uma ou mais variáveis (tempo, velocidade, resultados…) em relação aos concorrentes.

Porém, quando se fala em pensamento inovador nas empresas em geral, e no segmento fitness & wellness em particular, surge alguma confusão entre ele e a invenção, associando todo o processo criativo a características inerentes apenas e tão somente às pessoas “fora da média”. Seus resultados, embora interessantes, nem sempre podem ser convertidos em soluções concretas e, muitas vezes, sequer chegam ao mercado dos serviços para ser consumido.

Enquanto isso, a inovação caracteriza-se exatamente pela viabilidade econômica, técnica e operacional, fazendo com que gere resultados tangíveis e que agregam valor aos negócios. Em síntese, ser inovador, seja pessoa ou empresa, é fazer diferente, melhor e sobretudo com aumento de uma ou mais variáveis que interferem nos resultados do negócio.

Assim, é essencial para o nosso segmento reconhecer e assumir que inovar não é característica apenas das empresas que produzem bens tangíveis, mas também daquelas que entregam serviços à sociedade, fazendo com que seja tão ou mais importante do que a criação de produtos concretos novos.

Por que inovar?

Inovar em serviços é, em última análise, melhorar a parte concreta da produção do intangível de modo a fazer com que sejam percebidos pelos seus consumidores como algo efetivamente melhor e mais adequado as suas demandas. É produzir experiências superiores aos clientes por meio de inovações naquilo que eles não veem, de forma que vejam e sintam seus efeitos de forma concreta.

Mas afinal, para que transformar a cultura da empresa em uma cultura da inovação? A resposta em uma única palavra é: COMPETITIVIDADE.

Diante do cenário mercadológico atual, que não pode mais ser visto como local, já que as aberturas comerciais nos colocam diante de concorrentes globais, mesmo quando se trata do mercado interno (vide as grandes redes mundiais de academias e sua expansão pelo mundo) a competição deixou de ser um processo que acontece próximo aos nossos olhos, para ser algo que não tem barreiras geográficas para expandir-se, bastando apenas que um investidor de algum lugar do mundo perceba no seu bairro, cidade ou estado uma oportunidade de negócio promissora e que mereça ser explorada.

Assim, algumas empresas de nosso segmento globalizaram a sua “mentalidade” mais cedo e perceberam o mercado internacional como seu novo habitat, buscando adequar-se a padrões globais de qualidade e, com práticas de inovação constante, conseguiram experimentar um crescimento sustentável mesmo em meio à sucessivas crises econômicas.

Enquanto isso, outras, infelizmente, restringiram-se ao seu segmento local, aprisionadas em suas concepções tradicionais tanto na operação do negócio quanto na gestão de pessoas e processos e, com horizontes territoriais restritos. Estas encontram-se hoje com enormes dificuldades para competir em custos, qualidade, processos e sobretudo perspectivas de crescimento.

Em síntese, enquanto as primeiras experimentam a capacidade de reinventar-se a partir de revisão nas suas estratégias e processos, usando para isso tecnologia, competências humanas e ajustes operacionais, essas últimas encontram-se, em alguns casos, em situação agonizante, sobretudo em um momento delicado da economia brasileira como este em que vivemos e, no qual o pensamento inovador pode DE FATO, fazer a diferença.

Como inovar

Definitivamente, podemos afirmar que “a mesma crise não é igual para todos” e, muito do que se explica do que acontece hoje em nosso segmento é o resultado do que cada empresa fez antes dela no dia-a-dia de seus negócios, comportando-se dessa ou daquela forma durante um momento que, por alguns economistas, é visto como um novo ciclo na economia mundial.

Nesse momento, é possível que você esteja perguntando: mas como fazer para iniciar um processo de inovações contínuas em meu negócio, gerando novidades para os clientes, melhorias de processos e uma cultura verdadeiramente inovadora entre meus colaboradores?

Certamente não estamos falando de algo que acontece da noite para o dia, mas sim de uma construção a fazer, pois em se tratando de criação de uma “cultura de inovação” estamos falando de mudanças processuais, ou seja, uma aculturação, que a partir do contato entre o vigente e o emergente faz surgir processos novos, atitudes e modelos mentais novos e totalmente diferentes que somente a partir da inserção de TODOS neste processo promove efetivamente inovações na empresa.

Assim, diferente de muitas organizações que entendem como “suficiente” a criação de células de inovação nas quais apenas alguns poucos “ilustrados” respondem por mudar toda a empresa, é preciso fazer com que todos os níveis da empresa adotem algumas ações em seu dia a dia.
Listamos aqui algumas que, longe de serem as únicas ou melhores, mas assumimos que sem elas é muito difícil levar a inovação para a alma de sua empresa. São elas:

1) Romper barreiras setoriais de tal modo que o compartilhamento de ideias e sugestões de melhorias não seja setorizado, mas sim corporativo.

2) Assumir que nenhuma ideia inovadora seja considerada absurda ou mesmo objeto de julgamentos prévios.

3) Submeter toda e qualquer ideia inovadora à análise coletiva para análise da viabilidade e, somente depois disso, verificar sua aplicabilidade, ou não, aos negócios da empresa.

4) Submeter todos os membros da empresa, da direção à operação, a programas de capacitação em criatividade e inovação, pois se o propósito é que a adoção de novos modelos mentais seja adotada de modo corporativo, é preciso considerar que há muito a “desaprender”, e isso não acontece de forma repentina e nem de uma vez só.

Finalmente, e considerando que no momento em que você estiver lendo este artigo a economia continuará “turbilhando” de incertezas e, portanto, com perspectivas tanto de melhorar quanto de piorar o cenário mercadológico no segmento fitness & wellness, gostaria de lembrá-lo que em todas as crises econômicas pelas quais o mundo já passou, incluindo aí o Brasil em seus múltiplos planos econômicos, ao mesmo tempo em que houve falências, houve expansões, ao mesmo tempo em que pessoas foram dispensadas de seus postos de trabalho, novos trabalhos e profissões surgiram.
O que isso significa? Que diante das adversidades ou mesmo nas situações de estabilidade, o que importa é o quanto conseguimos enxergar de perspectivas para crescer e fazer diferente. Em outras palavras, e contrariando um dito popular que não cabe na lógica da inovação, é exatamente em time que está ganhando que se deve mexer, pois caso fosse o contrário, atletas de alto rendimento após as vitórias e medalhas fariam apenas treinamento de manutenção, o que rapidamente os colocaria fora do pódio, certo?

REFERÊNCIAS:

CHRISTENSEN, C. M. O Dilema da Inovação. SP: MBooks do Brasil, 2012.
STEWART, T. A. Capital Intelectual: A Nova Vantagem Competitiva das Empresas. RJ: Campus, 1998.
ZOPPI, I. G. Branding Relationship Management. Disponível em http://www.treebranding.com/site/index.php?option=com_content&view=article&id=126&Itemid=55&lang=pt. Acesso em 15/5/2016.

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