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Perfil de gestores líderes

Colunista: Edvaldo de Farias

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O propósito deste artigo é propor reflexões sobre o perfil de Gestores líderes nas empresas do segmento fitness em um momento de alta competitividade, em que é crescente a demanda por diferenciação. Para além de todas as competências exploradas na literatura de negócios, e mutas vezes explorada e desenvolvida em programas de formação de executivos, abordamos aqui uma capacidade “diferente” dos Gestores e que podemos resumir como enxergar o mercado e os negócios com curiosidade e inquietude, mesmo em relação ao que está dando certo, mantendo-se “conectados” e como exímios “importadores” de valor para o negócio. Em outras palavras, apontamos como uma característica essencial do Gestor contemporâneo: a SAGACIDADE.

No dicionário Houaiss, a palavra sagacidade significa uma característica pessoal de ter “aptidão para compreender ou aprender por simples indícios”, ou, em outras palavras, representa a capacidade para depreender, aprender ou interpretar algo através de indicações simples, ou seja, perceber sutilezas.

Por outro lado, o cenário atual não deixa dúvidas quanto à necessidade de ampliação dos níveis de qualidade nos serviços prestados a clientes. Nesse aspecto, algumas empresas de nosso segmento, de diferentes portes e localização, têm investido na capacitação profissional com vistas a gerar “hipertrofia” da capacitação dos colaboradores da ponta, ainda que este investimento muitas das vezes não deixe claro onde pretendem chegar, mas que nem por isso deixa de ter seu mérito. Além disso, embora de forma mais modesta, temos assistido à iniciativa de investir na capacitação dos Gestores dessas empresas, pelo simples fato de que são eles, indubitavelmente, os norteadores de todo o processo de melhoria pretendido por elas, o que por si só já justifica que deveriam investir bem mais e de um jeito diferenciado.

Responsabilidades do Gestor

Porém, se consideramos que uma das principais responsabilidades do Gestor é exatamente definir a direção e as estratégias que suas empresas adotarão em contextos mercadológicos de alta competitividade, levar esta visão a todos os colaboradores é sua responsabilidade e, ao nosso ver, a melhor forma de gerar alinhamento entre as ações de todos eles, favorecendo a percepção clara tanto da direção que a empresa pretende seguir na relação com seus clientes como também contribuindo para o alcance de seu propósito e dos resultados esperados.

Dessa forma, toda escolha feita pelos Gestores precisa ser estratégica e, por isso mesmo deve ser feita com vistas a promover no dia-a-dia da empresa uma capilarização por todos os colaboradores de modo que, independente da função, eles canalizem suas ações, energia e talentos na direção de contribuir para o sucesso do negócio.

A esta capacidade gerencial, de manter-se “antenado” com tudo que acontece à sua volta, ainda que de modo apenas implícito e não tácito, de tal forma que propicie a captura dessa realidade gerando lições e insights, muitas vezes representados apenas por “indícios”, para a melhoria da sua empresa e dos serviços que ela presta, chamamos de SAGACIDADE.

A empresa sagaz

Mas Gestores sagazes precisam de empresas igualmente sagazes. Empresas assim não sabem tudo, não têm as respostas certas e nem agem de forma padronizada pela média de seus concorrentes. Muito pelo contrário, elas e seus gestores sabem que as soluções de ontem, bem como seus serviços, talvez não sejam adequados amanhã, pois quem os compra são pessoas, por definição insatisfeitas e desejantes, o que demanda profunda capacidade de perceber sutilezas nas mudanças de necessidades / interesses / desejos para prover entregas adequadas a cada momento.

Esse tipo de variação no comportamento dos consumidores deve estar inserido na “corrente sanguínea” da empresa sagaz de tal forma que a mudança constante nas demandas de seus consumidores não a assuste, mas, muito pelo contrário, a inspire e desafie a recriar-se todos os dias fazendo com que, tanto aos olhos dos clientes como dos concorrentes ela seja percebida como alguém dotado de um “sexto sentido” corporativo capaz de identificar um espaço para surpreender, encantar e antecipar soluções para necessidades explícitas ou implícitas.
Muitas das vezes, estas soluções não acontecem no nível da inovação nos serviços, modalidades inéditas ou novos recursos, mas sim na “forma de entregá-los”, desafiando o status-quo e gerando percepções que representam valor agregado para o cliente, por conseguinte ocupando em suas mentes um lugar de destaque e tornando-os menos suscetíveis a dúvidas quanto ao serviço que você os entrega e as opções disponíveis no mercado para a compra. Pelo contrário, nesse momento, ele entende que você tem um “algo a mais” e, por isso mesmo, faz questão de comprar com você e não com quem tem menores preços ou mais-do-mesmo.

Em síntese, perceber, fazer acontecer, gerenciar e monitorar este plus nas nossas empresas fitness é função inerente ao Gestor, e para isso é preciso que seja desenvolvida nele a “visão de águia” necessária para que nada passe por despercebido e tudo possa ser usado a favor do negócio.

Com isso, propomos a você, gestor, uma reflexão, no sentido de levar em consideração este ponto de vista que aqui apresentamos, na hora de investir na sua capacitação e na dos seus colaboradores, se de fato você pretende “fazer a diferença” nos rumos e na visibilidade do seu negócio.

REFERÊNCIAS:

HUNTER, James C. Como se Tornar um Líder Servidor – Os Princípios da Liderança de O Monge e o Executivo. Sextante, Rio de Janeiro, 2006.
VERGARA, Sylvia Constant. A Liderança Aprendida. GV-Executivo, vol. 6, n. 1, jan-fev 2007. Disponível em http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/4724.pdf

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