Com a atual crise inflacionária do Brasil (taxa Selic em 14,75% ao ano, um recorde negativo para nosso país), o brasileiro tem lutado para conseguir comprar itens de subsistência, como alimentação básica, não sobrando muitos recursos para outras atividades, como pagar as mensalidades para se exercitar no método Pilates.
Obviamente, este fato faz com que o setor tenha uma diminuição no que diz respeito ao montante de clientes matriculados na modalidade.
Os estúdios que desejam se manter em harmonia para superar essa crise precisam utilizar estratégias de captação desses clientes que ainda conseguem pagar por outras atividades para além da subsistência básica. Mas em que público focar?
Assim como em qualquer negócio, temos a escolha de focar em um público específico ou expandir o mercado para diversos alvos. Ambas as estratégias possuem seus benefícios e riscos, e por isso, é importante conhecer um pouquinho desses detalhes para tomar essa decisão, uma vez que não é possível empregar essas duas estratégias ao mesmo tempo com apenas um estúdio de Pilates.
Direcionamento de público
A grande vantagem de direcionar seus serviços de Pilates para apenas um grupo, como por exemplo, idosos, é a de que seu estúdio passa uma imagem de especialidade para o mercado. Consequentemente, é possível cobrar um valor diferenciado.
Quando você sofre uma lesão traumática no joelho, não procurará um médico de clínica geral, procurará um ortopedista especialista em joelho. A mesma coisa fará o idoso se souber da existência de um estúdio feito especialmente para ele.
Esse direcionamento fará com que seu estúdio se destaque no mercado. Em outras palavras, quando algum idoso estiver pesquisando por estúdios, possivelmente, o seu estará no topo da lista, afinal, você é o especialista.
A grande desvantagem é que o empreendedor deverá escolher pontualmente o bairro que irá trabalhar de acordo com a distribuição demográfica desse público (estou levando em consideração que só conseguiríamos capital para abrir um estúdio). Se insistirmos com o exemplo de idosos, o bairro de Copacabana no Rio de Janeiro poderia ser uma boa possibilidade, pois possui bastante moradores idosos e com poder aquisitivo alto. Esse direcionamento trará o risco de limitação de crescimento do estúdio até que esse empreendedor consiga expandir seu negócio com abertura de novos estúdios em outros bairros. E por que isso ocorre? A resposta é bem clara. Existe um limite quantitativo de pessoas com esse perfil no bairro, e dificilmente, clientes praticantes de exercícios topam ir para longe de casa para se exercitar.
Diversificação de público
A grande desvantagem dessa estratégia é a incapacidade de criar uma imagem de estúdio especialista e a dificuldade de cobrar valores diferenciados.
Se você quer fazer tranças no cabelo e se depara com dois salões, um especialista em tranças e um outro tradicional com preços bem parecidos, em qual você iria? Muito provavelmente no especializado! Mesmo sem saber se o funcionário do salão tradicional faz ou não um ótimo serviço de tranças.
A grande vantagem é a segurança e a estabilidade. Quando se foca apenas em um grupo, como dito, esse grupo é mais seleto. Caso aconteça um desaquecimento do setor no mercado, a renda do seu estúdio cairá drasticamente causando diversos transtornos econômicos.
Com a diversidade de clientes, caso ocorra essa desaceleração de algum público específico, será apenas uma fatia pequena da sua arrecadação que sofrerá com a queda. Ou seja, para que ocorra um problema financeiro no seu estúdio, diversos públicos precisarão deixar o espaço, o que é menos provável e arriscado do que quando optamos no direcionamento do cliente.
Como dito, ambas as estratégias têm seus benefícios e malefícios. Antes de abrir seu estúdio, vale muito a pena pensar em qual desses caminhos será o mais vantajoso para você.
