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Ginástica coletiva: instrutores ou professores?

Colunista: Geraldo Filho

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O número de pessoas que procuram aulas de ginástica é uma constante crescente, diversas matérias são exibidas com intuito de melhorar a saúde, estética e principalmente a qualidade de vida. Apesar do treinamento de força na sala de musculação ser uma atividade individual e essencial para qualquer praticante, desde criança até idoso, tudo é uma questão de preferência, isso quer dizer que existem e existirão pessoas que não gostam, bem como surgirão as que amam e preferem ginástica coletiva em diversos formatos.

A ginástica coletiva são todas aquelas orientadas em grupo, sob mesmo programa físico, sob as mesmas condições de recursos humanos, ambiente, informação, com ou sem implemento, utilizando-se de estratégias que permitam o controle individual de cada participante, entretanto, nem todos os que atuam sabem, mas deveriam.

Mas, a principal questão a ser levantada é: a sala de ginástica coletiva atual tem mais instrutores ou professores?

Com a entrada de diversas franquias com o intuito de criar modelos de aula que já existem, o que me preocupa mais é que a essência do real professor está sendo colocada de lado e os que entram para atuar não se interessam pela ciência, entrando em cena o chamado instrutor. Pode ser que muitos leitores não concordem, mas tenho plena convicção que o instrutor é completamente diferente do real professor.

Existem diversos aspectos que diferenciam isso: nos tempos de redes sociais que divulgam tanto o que é bom como o que é ruim, acontece um bombardeio de vídeos em busca da fama e sucesso que enchem os olhos de quem assiste, e esses ficam convencidas que no vídeo está O profissional. Mas como diz o ditado, “nem tudo que reluz é ouro”.

Tenho uma preocupação muito grande quando vou selecionar algum profissional para ministrar aulas de ginástica, pois estamos vivendo momentos em que a reprodução está sendo mais valorizada do que a criação e o planejamento. Infelizmente, muitos novos e futuros formandos estão se deixando levar pelo tudo pronto, o tudo fácil, a aula da moda, afinal de contas, o que importa são as curtidas e comentários, pois a inserção no mercado devido à carência de profissionais tornou-se alta, todavia, a permanência no mercado é outra história. Tem-se, então, um setor bastante rotativo diante do ponto de vista profissional.

Instrutor x Professor

INSTRUTOR: aquele que apenas demonstra o que aprendeu sem o poder de modificação – que deveria dominar – praticamente um repetidor de movimento e às vezes animador de grupos, seria equivalente a alguns que trabalham na musculação que são chamados de “apontadores de máquinas” que apenas leem o que está no plano de treinamento e repassam ao aluno, geralmente aceita o que é repassado, e ainda usam como argumento a frase “não tenho tempo para montar aula”; esses resistirão pouco tempo no mercado, pois modas passam.

PROFESSOR: aquele que ensina, corrige, avalia, adapta, cria, recria, busca a melhor forma de obter resultado, analisa, questiona o que vê, realmente tem consciência do que deve ou não ser aplicado na sua aula, sabe o que faz. Esse permanecerá no mercado durante muito tempo com grandes possibilidades de ampliação de mercado.

Não sou contra instrutores, pois existem instrutores que são excelentes professores de coletivas, pois, além de ministrarem suas franquias sabem montar aulas, sou contra o comodismo, o não querer estudar e aplicar o que é repassado. Nunca devemos perder a capacidade de nos incomodar, caso ocorra, já será o caminho certo do acomodamento. Espero que os novos profissionais tenham realmente consciência da real função a ser exercida nas salas de ginástica, e se preocupem menos com o narcisismo profissional e passem a observar que esse é um setor sério e que precisa de cada vez mais profissionalismo.

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