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As finanças são o pulmão da sua academia

Colunista: Celso Cunha

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Não tem como seu negócio dar certo sem organizar seu fluxo de caixa! Ou até têm como, por um tempo. Então mais à frente, quando passar por dificuldades, vai concluir que no passado você teve mais sorte do que juízo.

A empresa é um ser vivo em constante processo de interação e mutação, como tudo na vida. Quais os órgãos mais importantes do corpo humano? CORAÇÃO – CÉREBRO – PULMÃO

O pulmão é tão importante que temos dois. Você consegue ficar 55 dias sem comer, 5 dias sem beber, mas não consegue ficar 5 minutos sem respirar.

Para aqueles que estão na dúvida, vejam os atletas paralímpicos, cegos, surdos, mudos, transplantados batendo recordes. Mas sem esses três órgãos nunca se viu!

Se os pulmões são as finanças de sua empresa, o capital, o dinheiro é o oxigênio que circula e a mantém viva. Não existe empresa sem dinheiro. Até as filantrópicas, do terceiro setor, as ONGs recebem doações que as mantém. O oxigênio circula, o dinheiro também. Seus colaboradores têm dívidas, despesas, família, sonhos a realizar e isso custa dinheiro. Fique sem pagar seus fornecedores, funcionários, aluguel, luz… e veja no que vai dar. Logo, logo você vai estar sozinho, no escuro, com uma ordem de despejo nas mãos.

É fato que em algum momento haverá problemas; quando você possui reservas, seu universo de opções é muito mais amplo. Faltou ar, eu tenho um balão de oxigênio, uma máquina, em tempos de Coronavírus eu tenho um respirador.

Capacitação financeira

Quando eu falo de saúde financeira, é algo que você teria que ter aprendido lá atrás. Um dado: apenas 0,4% das pessoas constroem reservas financeiras constantes. Então 99,6% não poupam? Não. Parte deles até poupa; mas poupam pra comprar algo, o que quer que seja. E o pior é que mais de 60% gasta antes de ganhar. Antecipa a compra, se endivida e paga juros por isso. Exemplo disso são os cartões de crédito. As dívidas com o não pagamento das faturas de cartões de crédito praticamente sentenciaram a falência por cinco anos de quase 70% dos consumidores desse serviço. E quando você se torna negativado, tudo fica mais difícil. A pessoa perde o acesso ao crédito, se tentar alugar um imóvel, um veículo, um bem ou serviço, seu cadastro não passa. Acende o sinal vermelho.

A pergunta que não quer calar: “Sou empresário, não possuo reservas e estou desesperado com o momento atual, o que devo fazer?”

Vamos aos fatos: segundo o SEBRAE, 600 mil empresas encerraram definitivamente suas atividades desde meados de março de 2020. Nos primeiros trinta dias da pandemia, tivemos mais de dois milhões de desempregados. As empresas no Brasil possuem caixa para apenas 27 dias, o que já passou faz tempo.

Apesar desses dados, sou otimista. Saindo de onde saí, passando pelo que passei, ser otimista é quase uma obrigação. Nos próximos meses teremos uma safra recorde de novos empreendedores, pessoas que encerraram suas empresas tentando carreira solo, outros que perderam seus empregos se aventurando em busca de sobrevivência. O risco é inerente ao ser humano, a vida se esvai num instante. O mínimo que podemos fazer é tentar.

Voltando às empresas, no caso específico das academias, cada uma vivencia uma situação peculiar. Na prática, vamos às ações:

Como referência, já que precisamos de uma, imagine que metade de seus clientes retornem nas primeiras duas semanas de reabertura, já temos um número que pode ser ajustado futuramente! Das contas a pagar, o que pode ser prorrogado ou parcelado? Dos créditos a receber o que pode ser antecipado? Mesmo que não precise usar imediatamente, você deve tentar ter acesso a verbas do governo de apoio às micro e pequenas empresas nesse momento de pandemia. Não é tarefa fácil, embora seja possível.

Para atender metade dos clientes a empresa precisará de bem menos pessoas na equipe. Classifique cada membro de seu quadro de colaboradores e dispense os pior avaliados, reduzindo os custos. Futuramente, poderá recontratá-los caso as coisas melhorem e eles ainda terão acesso ao FGTS, valores da rescisão e auxílio desemprego, o que somado não é pouco, talvez até acesso ao auxílio emergencial.

Refaça sua planilha de custos e despesas e compare com as receitas estimadas anteriormente e descubra se os cortes lhe colocaram no jogo novamente. Caso contrário assuma mais funções e continue o corte de custos.

Treine os que permaneceram na equipe e foque em trazer de volta os clientes que ainda não retornaram. Procure passar a importância da atividade física para a saúde física e mental das pessoas e prepare uma oferta irresistível. Mantenha-se presente nas mídias sociais e foque em fidelizar cada cliente. Lembra daquelas lojas em campanha de caixinha de Natal? É por aí, bateria palmas para cada um que retornasse como se fosse caixinha de Natal.

Respeite as limitações do poder de compra, da capacidade de pagamento; seja você pessoa física ou jurídica. Isso vale para tudo e para todos.

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