Pesquisar
logotipo-refh-transparente

Publicidade

[uam_ad id=”3500″]

Como desenvolver talentos na sua academia

Colunista: Cris Santos

Publicidade

Talentos não se desenvolvem em um ambiente onde não há espaço para a liberdade e autonomia em ser o que se sabe ser!

Em 2007, Joshua Bell, um dos maiores violinistas de concertos mundiais, tocou 45 minutos no metrô de Nova York. Quatro pessoas pararam e uma bateu palmas e el conseguiu arrecadar 20 dólares.

Na noite seguinte, o mesmo violinista tocou em um dos cenários mais reconhecidos do mundo e cobrava pelo menos $100 cada ingresso.

Um talento em um ambiente comum não brilha e não é reconhecido. Estar em um lugar que não te dá permissão para atuar, mina seu potencial e suas habilidades. Quando você dá a alguém permissão para ser quem acredita ser, ela melhora, e melhorando, melhora o mundo ao seu redor.

Saber valorizar o potencial humano é uma das habilidades emocionais de líderes inclusivos e empáticos. Treinar as pessoas e querer que elas façam as coisas rápido não funciona e frustra. Ninguém vem pronto, nem mesmo os mais experientes!

Contratando talentos

Certa vez, fui perguntada sobre os problemas com contratação de talentos:

O que está acontecendo no mercado, professores e profissionais que atuam no setor estão desqualificados mesmo? Ou o mercado não tem olhado para isso com o viés de entender o que são talentos de verdade? Eles sabem o que procuram? Eles entendem o que precisam? Estão conseguindo diferenciar talentos de profissionais comuns?

Minhas observações sobre esses pontos são que há hoje uma discordância de ambos os lados:

Se por um lado, as academias querem talentos, mas não os reconhecem ou valorizam por insegurança de identificar potencial real, por outro os profissionais estão entendendo que para aceitar qualquer oferta, preferem fazer suas atividades em um ambiente individual e autônomo.

O líder pode querer trocar sua equipe, mas se não mudar a sua forma de reconhecer e aceitar o talento humano, nunca terá uma equipe de verdade.

Alguns pontos importantes em relação a isso:

  1. Profissionais da área técnica entenderam, na pandemia, que podem ganhar mais sendo professores particulares. Ganham mais, possuem controle das atividades e podem cobrar dando consultoria de saúde.
  2. A gestão na área técnica não é reconhecida pelos donos. Esses querem que os profissionais de Educação Física pensem como donos e eles não têm esse DNA ou visão empresarial.
  3. Não há valorização no setor. Muito trabalho e falta reconhecimento quando o assunto é carreira. Crescimento profissional não acompanha as expectativas de profissionais que estão em outro patamar.
  4. Nesse sentido, são descompromissados e não querem esse stress de administrar o que nem eles conseguem.
  5. Salários e benefícios não são atrativos. Hoje os profissionais querem segurança e por que iriam se dedicar a uma empresa só por um salário que não atende suas necessidades básicas (saúde, alimentação, transporte)?
  6. As academias não estão acreditando nos talentos e por isso acabam negociando salários pagando menos para as pessoas com potencial maior para a função e querendo pagar salários de escalas menores, como por exemplo, contratar gerentes para cargo de supervisão com as mesmas responsabilidades e pagando menos.

Isso tudo não tem atraído bons candidatos!

O que se deve fazer é entender de quem estamos falando:

  1. O que queremos e precisamos ver e ter nesses profissionais.
  2. Alinhar com eles essas expectativas e juntos construírem um caminho que leva às metas, sempre com o olhar de ambos os lados.
  3. Promover acompanhamento de necessidades de conhecimentos específicos para que se desenvolvam e não investir em mais do mesmo.
  4. Cobrar e oferecer recursos para boas decisões e entregas.
  5. Permitir que atuem de maneira natural e espontânea para aí corrigir, pois muitos gestores entendem que o jeito dele é o mais certo e correto.
  6. Incentivar a natureza das pessoas para que ambos, gestores e funcionários saibam onde precisam melhorar e no que são bons.

Como fui perguntada sobre esses pontos, devolvo aqui uma pergunta que me inquieta:

Na sua academia e na sua empresa, apenas os líderes sabem o que precisa ser feito e como? Ou será que haveria a possibilidade de treinar pessoas melhores do que você?

Leia outros artigos

O que achou desse artigo?

Publicidade

Publicidade

Publicidade

REF&H
Enviar