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Os 7 fundamentos da gestão de pessoas que podem colocar sua empresa em outro nível

Colunista: Thiago Villaça

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1. Convicções

A convicção é um dos principais motivos que levam as pessoas ao erro e a maioria das que acumulam fracassos na vida são aquelas que preferem se agarrar as suas convicções do que encarar o EnGanO do erro, recalcular a rota, começar do zero e fazer diferente. Muita gente vive agarrada a uma convicção por acreditar que é a única coisa que lhe resta. Convicções, dentro do trabalho em equipe, é teste atrás de teste! É aposta atrás de aposta! É questionamento (sobre a sua competência) atrás de questionamento, mas quando a sua convicção está certa, todos olham para você e perguntam: como você sabia? A convicção está para a psicologia assim como a fé está para a religião. Poucas pessoas estão dispostas a expor e colocar à prova as próprias convicções. O erro público pode ser muito doloroso, mas que escolha você tem quando o seu trabalho como líder exige decisões difíceis e exposição extrema?

2. Maturidade

A exposição te amadurece, ou você acha que uma cerejeira seria capaz de proporcionar frutas deliciosas se não estivesse exposta ao sol, à chuva, às tempestades, às pragas? Com as pessoas é igual, só amadurece emocionalmente quem é exposto àquilo que teme. O que vale, quando falamos de maturidade, é a evolução, o processo e não como as pessoas (ou equipes) se comportam no episódio X, Y ou Z. As dificuldades existem, os questionamentos vão acontecer, as inseguranças aparecem e os desafios aumentam constantemente. O segredo da maturidade não é evitar ou amenizar a intensidade dos episódios e eventos. O que eu estou querendo dizer é que é melhor criar imunidade emocional do que neutralizar ou diminuir a ameaça. Os líderes (sejam pais, professores ou gestores) erram quando tentam controlar os elementos e as variáveis do amadurecimento. A maturidade, assim como em um pé de cereja, precisa enfrentar todas as condições (ideais ou não) para se desenvolver. Pode ser que condições extremas prejudiquem a cerejeira assim como ambientes de muita pressão e pouca empatia podem prejudicar o amadurecimento emocional de um liderado e, se a gente quer fortalecer a imunidade emocional das pessoas para que elas tenham resiliência e transforme as circunstâncias em algo positivo, é preciso investir na confiança!

3. Confiança

Não existe confiança sem admiração e conexão. É matemática, confiança = admiração + conexão. Mas perceba o quão difícil é, nos dias de hoje, encontrar pessoas dispostas a se conectarem, dispostas a admirar alguém. É tanta decepção que muita gente desiste desse negócio de “confiar em alguém”. Ok, mas como isso se aplica nesta geração imediatista, desapegada e que entende como sucesso a quantidade de seguidores, likes e engajamento nas redes sociais? A forma de gerir as pessoas precisa extrapolar a tarefa, extrapolar o profissional, extrapolar a necessidade desenfreada que a maioria dos chefes, líderes (e por que não, pais) possuem por resultado. Colocar o ser humano na frente do resultado, na frente da tarefa e na frente do profissional faz com que as pessoas admirem e se conectem genuinamente umas com as outras! É obvio que ajuda, mas para a confiança desabrochar, não importa a quantidade de títulos que a sua carreira tem, não importa a quantidade de trabalhos que você já fez, não importa com que pessoas já trabalhou, o quanto você ganha com o que faz. Se você não se conecta genuinamente com as pessoas, elas não vão confiar em você.

4. Limite

Saber o limite de cada um é importante, mas conhecer as limitações da sua equipe é a diferença entre o primeiro lugar e nem subir no pódio. Uma acrobacia que não encaixa, uma fala que o ator não consegue desempenhar com 100% de segurança, um fundamento que o atleta não consegue desempenhar com a perna que não é dominante, tudo isso é limite! Limitações não foram feitas para serem eliminadas, foram feitas para serem respeitadas e, na maioria dos casos, dribladas. Tem muito treinador que leva o atleta ao limite da sua capacidade técnica por ser obcecado por um aspecto específico, um pequeno elemento da habilidade esportiva que acaba ficando cego para as outras habilidades que poderiam ser mais bem exploradas e gerar um resultado superior do que tentar melhorar algo que não faria a menor diferença. O limite existe e a única coisa que podemos fazer é nos questionar “tudo bem, mas o que podemos fazer para conquistar, se não o mesmo resultado, algo melhor?”. Este é um exemplo clássico de como driblar as limitações individuais, mas existem as limitações coletivas como entrosamento, posicionamento tático e ocupação de espaços para neutralizar as limitações técnicas individuais e dificultar a vida do “adversário”. É nessa questão que o argumento “menos é mais” tem fundamento. Se o técnico for muito cabeça dura e obcecado por algo muito específico, é capaz de “quebrar” o atleta e comprometer o time por fazer eles extrapolarem os limites de suas competências motoras e habilidades coletivas. Saber reconhecer, respeitar e driblar o limite individual é a garantia que os líderes, chefes, gestores e pais deveriam se agarrar para fazer com que seus liderados entreguem um resultado fora da curva. Você não elimina os limites individuais e coletivos de uma equipe, você elimina os riscos dessas limitações e, apesar de sabermos que investimentos de maior risco proporcionam maior rentabilidade, o principal é garantir o básico, antes de ousar sem medir as consequências.

5. Trabalho em equipe

A noção de equipe é muito mais profunda do que um grupo de pessoas trabalhando por um objetivo em comum. Existem equipes em que a soma dos talentos individuais geram um resultado muito inferior ao que é esperado e existem equipes compostas por pessoas comuns que fazem exatamente o oposto, ou seja, a expectativa de entrega dos talentos individuais é menor do que a soma do resultado apresentado. O segredo para pessoas comuns apresentarem resultados espetaculares está nos elementos que elas consomem diariamente. Equipes são um organismo e como todo organismo, elas se alimentam de algo para prosperar e, na maioria dos casos, a atmosfera de desenvolvimento profissional, a condução dos conflitos, a preocupação com as pessoas, a união entre os integrantes do time, a admiração pela história das pessoas e um profundo sentido de propósito são uma fonte inesgotável de energia que uma equipe de pessoas comuns precisa para realizar um trabalho espetacular. Grupos são criados por pessoas que possuem afinidades, trabalho em equipe não. Este é feito com pessoas que adoram responsabilidade, gostam de protagonizar, querem conquistar algo maior e possuem ambição. Um ambiente perfeito para o ego e a vaidade florescerem. Hoje, as ameaças nos bastidores da maioria das empresas fitness se originam do ego e da vaidade. Neutralizar uma ameaça não significa acabar com o risco de ela aparecer, significa uma oportunidade para o líder mostrar como se deve lidar com coisas que não controlamos.

6. Diversão

Pessoas obcecadas pela responsabilidade não se divertem. Isso é um fato, mas pergunte para o brasileiro Ítalo Ferreira, que entrou para história do surf mundial com a primeira medalha de ouro nas olimpíadas do Japão ou para o time que representou o skate brasileiro em Tóquio, o que eles foram fazer lá? Se divertir! Supercampeões se divertem quando são RESPONSÁVEIS por fazer história. Isso não elimina o fato de que não precisam ter disciplina. O “sarrafo” está tão alto que, o que antigamente era conquistado apenas com lazer, prazer, diversão e “dom natural” não é mais suficiente para derrotar o talento nato que tem disciplina para treinar, dormir, se alimentar, descansar adequadamente e se preparar psicologicamente. Treinamentos precisam ser divertidos, momentos fora da rotina do trabalho precisam ser, além de frequentes, divertidos. A responsabilidade precisa ser divertida e poucas vezes presenciei nas pessoas que trabalham com atendimento em academia o compromisso de fazer o horário de trabalho um momento de prazer e diversão. Alegria contagia! Não é à toa que, quando alguém começa a gargalhar e não consegue parar, você subitamente começa a achar graça e começa a rir do que a pessoa está rindo, mesmo sem saber o real motivo.

7. Formação

A profissionalização do educador físico vai muito além da formação acadêmica. A profissionalização necessita de capacitação, estudo, força de vontade, comprometimento e tudo aquilo que todos nós sabemos que os supercampeões precisam para se destacar, mas existe um elemento que é fundamental para o sucesso individual (e obviamente coletivo) que é a preocupação em formar pessoas. Quem é bom em formar talentos é bom em educar e só é bom em educar quem sabe transferir e manter cultura, valores, crenças e comportamentos. Os maiores líderes, diretores, técnicos e professores que tivemos na vida têm um profundo papel na nossa formação e um significado especial na nossa vida pessoal e, ao que tudo indica, estamos abdicando do nosso principal papel: formar talentos! Formação não é pilar, é fundamento! No esporte, só é possível trabalhar em alto nível quando os fundamentos estão, individual e coletivamente, afinadíssimos. O passe, o drible e o chute, para o futebol, são fundamentos. Sem eles não existe performance e, sem performance não existe resultado. O que precisamos fazer, se quisermos virar esse jogo, é descobrir nas nossas empresas o que é fundamento e o que é o resto.

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