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Gestão da integração nas academias

Colunista: Fernando "Fofão" Vieira

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Muitas academias de ginástica, nos dias de hoje, entrando no ano 2020, já possuem uma gestão competente em números, lucros, áreas para investir – geralmente pensam primeiro em novos aparelhos – atendimento, marketing, premiações motivacionais, meritocracia, advertências e punições. Mas será que realmente sabem fazer uma GESTÃO DA INTEGRAÇÃO de todos os seus colaboradores? Será que conseguem promover uma integração entre todas as áreas: recepção, vendas, limpeza, serviços gerais, musculação, coletivas, hidro, natação, terceirizados, coordenações, diretorias, entre outros? Será que existe um real engajamento, um sentido de pertencimento e um olhar mais humano para cada competência específica de cada setor, com uma integração equilibrada e totalmente eficiente na harmonia dos processos para o bem comum da academia? Quem faz a gerência disso? Quem seleciona novos colaboradores com critérios específicos para cada perfil do cargo competente? Quem treina e ajusta esse colaborador iniciante nessa engrenagem que já deveria estar a todo vapor? Quem apresenta cada colaborador novo a cada setor e aos seus pares? Quem ensina logo no início a visão, a missão, os valores e principalmente o espírito da empresa, aonde ela quer chegar, qual o rumo que já está traçado e a velocidade que “o navio está navegando”?

Infelizmente tenho visto muitas academias no Brasil sem a menor noção de como se faz isso, muito menos contratam um profissional qualificado para gerenciar esse tão precioso processo, e ainda muito negligenciado.  Essa gestão precisa ser muito presente para que este acompanhamento seja constante e periódico, checando as pequenas falhas iniciais, não só técnicas, cognitivas, mas principalmente comportamentais. Muitas vezes são necessários retreinos, uma readequação de perfil ou setor, dicas e direcionamentos, ou até mesmo uma dispensa precoce de algum colaborador, se for realmente um caso constatado de não adaptação ao perfil e aos valores da academia.

O gestor ideal para a sua academia

Quem pode ser esse gestor na sua academia? O coordenador da musculação? Um coordenador geral? Uma recepcionista bonita e carismática? O próprio dono? Um diretor sócio que não dá aula e nem cuida das finanças? Será que ele vai sabe fazer isso da maneira correta? Alguém prestou uma consultoria para ele antes e/ou ensinou para todos os envolvidos no processo? Com certeza, se forem honestos, a resposta mais frequente será: “Não temos esse gestor na academia!!” E os motivos alegados serão CUSTO, contenção de despesas, desconhecimento, entre outros.

Pois bem, a maior alegação vem sempre em torno do custo. Mas, garanto que esse “custo” é muito menor diluído anualmente do que duas esteiras ou novos aparelhos comprados no ano. E acreditem: os benefícios, as vantagens, o ambiente de trabalho, o engajamento e, consequentemente, a maximização de todas as competências humanas reunidas e integradas para o bem da academia virão à tona. Crescimento, evolução e lucros certos a olhos vistos e na ponta do lápis!

Muito melhor poder comprar várias esteiras novas, aparelhos novos, fazer obras de manutenção, quem sabe até pensar em abrir uma nova unidade, mas só quando realmente já estiver com a gestão das pessoas! Golaço! Vitória! Academia Campeã! E uma vez esse processo sendo bem realizado, gerido constantemente, ele se torna um sistema tão eficiente que a cada colaborador novo que entre, a cada novo time de um setor seja formado, já poderá se preparar e atuar com o modelo já desenvolvido.

Porém, a maioria das academias ainda não pensa assim. Muitas “gestões” são no automático. Sempre algum dono acredita que entende tudo sobre todos os setores. Coordenadores de musculação passam a ser coordenadores gerais sem entenderem de aulas coletivas – por exemplo, nunca deram uma aula de step ou jump na vida – uma recepcionista bonita e carismática passa a ser a líder das recepcionistas sem entender de gestão humana.  As seleções e contratações para novos colaboradores de qualquer área são feitas no antigo “QUEM INDICA”.

“Peças” repostas, geralmente para apagar incêndios pela falta repentina de algum professor de determinada modalidade, ou de uma recepcionista que preferiu parar de trabalhar repentinamente, pois ganhará mais R$ 300,00 na concorrente. Essas reposições são feitas sem critério, sem análises aprimoradas, sem integração, sem acompanhamento, sem treinos, sem nada. O colaborador novato é jogado dentro da academia e assim “segue o jogo”. Ele que se cuide e se adapte sozinho. É isso mesmo que deve ser feito???

Não é o que grandes empresas de marcas mundiais em outros ramos fazem. Mas estas, com certeza, são exemplos a serem seguidos nas academias que querem realmente a diferenciação e a eficiência, não só nos resultados dos números, lucros, mas no ambiente e no crescimento da empresa como um todo, no qual cada colaborador se sinta realmente PARTE, envolvido e valorizado. Que sigam juntos firmes na missão de deixarem o seu melhor para aquela academia. Uma vez tendo um time forte, uma marca forte, um ambiente maravilhoso, vitorioso, acolhedor, vão chover candidatos querendo trabalhar na sua academia. Muitos vão sonhar e vibrar para vestir a camisa daquele seu time, em qualquer setor. E nessas horas é que se necessita de um gestor atento, um recrutador, um selecionador criterioso, um treinador, um coach, observador do mercado e das ofertas para captar possíveis talentos para reforçar o time numa constante revisão e aprimoramento.  É assim no mundo dos esportes, nos melhores do mundo. Existem vários Clubes empresas que se preocupam com isso. Times de futebol, basquete americano, beisebol, futebol americano… E isso não é uma inovação, porque este processo é básico e antigo, entretanto não é realizado em diversas academias, ou se for feito, ainda é de uma forma muito amadora.

Gestão humanizada e integração

A gestão humana, a liderança de integração entre todos nas áreas da academia não é apenas um conhecimento, mas uma arte. Deve-se, principalmente, existir uma COMUNICAÇÃO CONSTANTE por todos os meios possíveis, intermediando, mediando e intercedendo nos conflitos, ensinando e colocando em prática técnicas bem fundamentadas para o ENTENDIMENTO de todos; como a CONVERSA DE V.A.L.O.R, dar e receber feedbacks, interação com os grupos e formação de um TIME DE VERDADE! Essa função gerencial não pode ser “economizada”, não pode ficar abaixo de outras necessidades como comprar aparelhagens, fachadas novas, luzes neon, mármores, etc.

Acreditem!!! Invistam nessa função, nessa gestão, nesse conceito, nesse processo constante e com certeza verão e terão muitos resultados surpreendentes.

Para terminar, vou citar alguns pequenos trechos de livros que também deixo como sugestão de uma leitura completa:

capa-livro-motivacao-3-0
capa-livro-comece-pelo-porque
capa-livro-o-que-o-google-faria
capa-livro-a-estrategia-starbucks
capa-livro-se-voce-pode-sonhar-pode-faer

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