Há uma famosa citação de Steve Jobs que diz: “se você quer fazer todo mundo feliz, não seja um líder, venda sorvete”!
Bem, se levarmos em consideração que nem todo mundo gosta de sorvete, fica fácil concluir que uma das premissas para alguém que assume esta missão – a de liderar – é que jamais, e estou sendo bem incisivo na afirmação, você irá agradar a todos. E até aí, nenhuma novidade.
A questão é: quando dizer o “não”?
No que diz respeito à liderança, já discutimos em artigos anteriores sobre as características e as Soft Skills, que são habilidades comportamentais, emocionais e sociais, que influenciam como estes líderes interagem e se comunicam no ambiente de trabalho com o seu time. Inclusive, segundo André Castello (@acastello.oficial), “o futuro da liderança é comportamental, não técnico”; e isto tem tudo a ver com o desenvolvimento das Soft Skills. Então, o que se espera do líder, no atual cenário, é que ele seja capaz de tomar decisões justas, imparciais e ao mesmo tempo, com a dose necessária de humanidade.
O líder deve ser o guardião de valores da empresa que representa.
Tendo a afirmação acima como um mantra a ser seguido, entendemos que todo líder, acima de tudo, precisa preservar que os valores da instituição sejam amplamente divulgados, compreendidos e respeitados por todos os funcionários, afinal, valores não são negociáveis, são forjados ao longo do tempo, constituindo-se base da cultura organizacional da empresa. É imperativo que todo colaborador, no momento em que for alçado à uma função de liderança, tenha como primeira tarefa, conhecer a cultura da instituição. Fazer um levantamento minucioso de toda a trajetória da empresa, sua evolução, seus desafios e suas conquistas, fortalecem o senso de pertencimento deste líder e, consequentemente, seu engajamento na defesa dos valores que norteiam a rotina empresarial.
Não seja um líder bonzinho, seja um bom líder.
Muitos dos conflitos enfrentados pelas lideranças no que diz respeito à Gestão de Pessoas, acontecem justamente no momento em que precisam tomar decisões e dizer o “não” para algumas situações e/ou pessoas. Ferramentas que auxiliam nas tomadas de decisões, como por exemplo a Análise SWOT e a Árvore de Decisão, são de extrema utilidade e amenizam bastante as consequências das deliberações. Mas, talvez uma das maiores dificuldades encontradas pelos líderes seja encontrar o equilíbrio entre a razão e a emoção; manter o equilíbrio é sem dúvida, essencial para que sejamos justos em nossas sentenças. Enquanto a razão baseia-se em dados e lógica, a emoção reflete valores, experiências e instintos. Ambos são importantes, mas precisam ser harmonizados.
A razão evita que decisões sejam tomadas impulsivamente, enquanto que as emoções ajudam a considerar aspectos humanos. Sem equilíbrio, as decisões podem ser frias ou irracionais.
A regra do “não”
Se o “sim” for para facilitar a vida do outro e prejudicar a sua, então, “não”!
Boa sorte e até breve!