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Você delega ou “delarga”?

Colunista: Jorge Oliveira

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Seguindo as reflexões que proponho em Gestão de Pessoas e Liderança, vou começar esta com a famosa máxima que diz: “o olho do dono é que engorda o boi”.

Esta frase induz à ideia de que quando o dono está presente, tudo funciona melhor, os funcionários chegam no horário, ficam mais engajados, as perdas são menores, a motivação é maior e a entrega é melhor. Acredita-se também que se o dono estiver presente em tempo integral, aí é sucesso garantido!

Porém, não é assim que acontece e nem acho que deveria ser. Estar líder, chefe, diretor e/ou coordenador (entre tantas outras funções), tudo ao mesmo tempo, provavelmente provocará uma falha em uma destas funções. Sendo assim, é estratégico – e necessário – delegar tarefas. O problema é que muitas vezes, delegar é confundido com transferir responsabilidades (por este motivo, o título do presente artigo).

Delegar passando algo sem critérios, orientações e a certeza de que a pessoa possui a competência necessária para executar a tarefa, pode até ser fácil, porém, pode ser muito nocivo para o negócio como um todo. Delegar trata-se de uma das habilidades mais complexas a serem desenvolvidas em um líder, assim como uma das mais estratégicas também. Delegação pode ser entendida como o processo de passar algo a ser feito para alguém, em forma de desafio, contribuindo para o desenvolvimento de quem recebe a demanda, sem que se perca de vista que o líder/gestor também é responsável por ela, ou seja, não é a mesma coisa que “delargar”.

Mas por que delegar é estratégico?

Poderia expor vários motivos, mas neste texto manterei o foco nas questões que envolvem a saúde física e mental. E agora volto a minha fala para líderes e liderados.

Ainda temos, em nosso dia a dia, um saldo emocional da pandemia; muitos de nós, desenvolvemos ao longo dos dois últimos anos (2020/2021), o hábito de trabalhar em regime de Home Office. O problema é que como não foi algo estruturado, a noção de horas trabalhadas ficou um pouco confusa; muita gente considerou que estar neste regime de trabalho significava estar à disposição a qualquer hora para atender qualquer solicitação.

Ao retornarmos ao presencial, constatamos que a mudança de hábito ainda não voltou ao normal e levar trabalho para casa ou acumular funções ainda é frequente. Estudos recentes apontam quadros de ansiedade, estresse, insônia, depressão e burnout, desenvolvidos no período de afastamento social.

Líderes e liderados sem máscara!!!

Fazendo uma analogia com a máscara de oxigênio do avião, a orientação antes da decolagem é que em caso de emergência, as pessoas a coloquem primeiro para depois auxiliar o outro ou seja, o autocuidado é de suma importância para que qualquer pessoa dê conta de suas tarefas, seja você um líder ou um liderado.

Não devemos confundir o real significado de resiliência: ser resiliente não é necessariamente suportar cargas horárias extremas de trabalho e considerar o acúmulo de funções como uma demonstração de engajamento com a empresa. Resiliência é uma habilidade emocional que nos auxilia a passar por situações de crise, além de encontrar caminhos para lidar com estes momentos.

Harmonia é a palavra de ordem!!!

Sugiro buscarmos uma harmonia entre a vida pessoal e profissional, uma vez que “a vida é uma só”. Buscar momentos de descanso, lazer, sono de qualidade e levar uma vida socialmente saudável, é condição sine qua non, para que todo líder possa desempenhar sua missão, assim como todo liderado possa enxergar sentido no que faz.

Boa sorte e até breve!

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