O treinamento contraresistido impõe elevado estresse MECÂNICO e METABÓLICO sobre a musculatura, induzindo essa estrutura BIOLÓGICA a se ADAPTAR a tal condição. Para regenerar o dano tecidual, o corpo estimula cascatas de sinalização hipertrófica, a secreção de hormônios anabólicos e migração de células satélites.
A contração EXCÊNTRICA vigorosa se dá pela COMBINAÇÃO de ESTIRAMENTO da musculatura, pelo aumento da CARGA e VELOCIDADE de contração, gerando microrrupturas adaptativas.
O dano tecidual acomete o MÚSCULO e outras ESTRUTURAS, como os NERVOS periféricos que o inervam, causando diminuição da velocidade de condução nervosa, diminuição da sensibilidade à dor e comprometendo a motricidade.
Talvez esse PROCESSO ajude a explicar por que, em muitos casos, a dor muscular é TARDIA (DMT ou DMIT), pois haveria um lapso de tempo para os nervos poderem ser REGENERADOS.
O dano às células de Schwann e consequente redução da espessura da bainha de mielina, comprometem a FUNÇÃO do nervo.
A diminuição da sensibilidade à dor acontece IMEDIATAMENTE após a contração e a MAIOR redução é observada 24h após a realização do exercício. Esse efeito é mais pronunciado após contrações excêntricas RÁPIDAS.
Diante do dano tecidual, o organismo secreta “fatores neurotróficos”, isto é, NEUROTROFINAS como o fator GAP-43 (Growth Associated Protein 43), o qual é uma proteína crucial no desenvolvimento e PLASTICIDADE neuronal, desempenhando um papel importante na SOBREVIVÊNCIA, CRESCIMENTO e REGENERAÇÃO dos neurônios.
Essa família de PROTEÍNAS promove o crescimento do axônio, reparando o dano na bainha de mielina e nas células de Schwann.
Enfim, as contrações EXCÊNTRICAS também geram dano NERVOSO, alterando as propriedades ESTRUTURAIS, MORFOLÓGICAS e FUNCIONAIS dos nervos periféricos.
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