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O risco do mercado ”super produção” para o empreendedor da atualidade

Colunista: Rodrigo Perfeito

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Desta vez não falo diretamente para o empresário dono de estúdio de Pilates como venho fazendo desde a primeira matéria para esta revista, mas sim, para todo um mercado. Darei uma dica para a sua vida, que você já conhece, mas teima em errar. Mas antes, vamos entender o que considero um mercado “super produção”.

Com o aumento das informações (que é diferente de conhecimento) vindas das redes sociais, nossos clientes possuem mais possibilidades para comparar e buscar diversos fornecedores daquele serviço ou atendimento. Com isso, surge um mercado que exige cada vez mais capacitação técnica e eficiência (que é diferente de eficácia) no atendimento e no resultado. Este fato faz com que busquemos ser super homens e super mulheres profissionais para que não haja a troca de seus serviços pelos de um outro profissional.

Eu mesmo sou um pregador desse discurso nos meus cursos de aperfeiçoamento e nas aulas em pós graduações que ministro por todo Brasil: o mercado de hoje exige resultados imediatos. Não existe mais a possibilidade de um aluno ou paciente não melhorar seu desempenho na segunda aula ou sessão.

O que disse acima é a pura verdade! Porém, sua produção deve parar quando atinge sua saúde. Escuto muitas vezes: “trabalho muito para deixar um legado”, “estou me sacrificando para que outros tenham um futuro melhor” ou ainda “faço isso pois quero ser o melhor”.

Agora preciso que escute com atenção, pois o que vou dizer vai doer em muitos: não importa o que você faça, você será esquecido como um Zé Ninguém depois de uns meses após morrer; o que você faz não vai mudar o futuro; nem eu e nem você temos qualquer poder para mudar qualquer coisa sozinho; e por último, pra doer mais ainda, você pode até estar ajudando umas dezenas de pessoas a ter uma vida melhor, mas isso em proporção mundial ou nacional, é a mesma coisa que zero, se outros não fizerem o mesmo esforço (e eles não fazem).

Depois de ler o que eu escrevi, você deve estar chateado comigo, pois que profissional da saúde é esse que não acredita em uma mudança na qualidade de vida? Acredito tanto quanto você ou até mais! Mas antes, precisava te deixar chateado para dizer o que vou dizer agora: pense mais em você empreendedor, cuide-se mais! Não existe qualquer trabalho que seja mais importante do que sua família e você próprio. Se seu trabalho está afetando sua saúde, diga não. Fique desempregado, mas não perca sua vida. Quantos já não morreram por causa da COVID porque a indústria nos obrigou a voltar ao trabalho e continuar produzindo? Pare uns segundos e pense comigo: não tivemos escolha, se não morreríamos de fome… mas no fundo, ainda me pergunto para que essa pressão toda das grandes indústrias? Se morrermos, tudo vai ficar para trás!

Irei reforçar a ideia com algo que aconteceu comigo, pois se eu não praticasse essa ideologia, tudo o que eu estou escrevendo aqui seria uma hipocrisia: em uma das semanas de novembro de 2020, viajei para o Acre para ministrar um dos cursos que sempre venho divulgando. Durante a viagem, fui exposto ao frio sem precedentes na aeronave. Para terem uma noção, com duas blusas, casaco, calça, meia e tênis, não estava suportando a quantidade de frio. Eu olhava para o lado e todos os outros passageiros também estavam encolhidos devido ao frio extremo. Não dá para saber, mas a sensação era de que estava próximo de uma temperatura abaixo de zero graus. Um absurdo contra a integridade física do passageiro! Resultado: garganta extremamente inflamada e febre horas depois.

Daria até para ministrar uma semana de curso passando mal, afinal existe um discurso por aí de que o seu resultado depende do tamanho do seu esforço. Pensando no lado empresarial, tive um prejuízo de pelo menos 10 mil reais. Por esse valor todo, era melhor ter me esforçado, correto? Não!
Não importa o quanto você vai ganhar ou perder. Sua saúde fica sempre em primeiro lugar. Pense nessa pandemia de COVID-19 quantas pessoas morreram e tiveram seus sonhos materiais desmanchados…

No final das contas, meus amigos, seu negócio não vale nada se sua vida ou sua saúde está em risco. Hoje, essa é a mensagem que gostaria de deixar. Estou triste por não ter ministrado meu curso aqui no Acre (Escrevi esse artigo antes de viajar de volta). Até viajei e estou voltando ao Rio de Janeiro sem ter dado um dia de aula e sem ter lucrado um centavo, na verdade, tive mesmo um super prejuízo financeiro. Mas por outro lado, estou super feliz por perceber que minha sanidade ainda está a meu favor no sentido de ser sensato e ainda perceber que minha saúde vale mais do uma dezena de mil reais!

Desejo a vocês amigos empreendedores, muito sucesso em seus trabalhos. Mas fica a dica que vocês já conhecem e não custa lembrar: sua saúde em primeiro lugar!

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