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Treino coletivo, lesões e lesionados

Colunista: Geraldo Filho

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Tenho observado em diversas aulas e acompanhado diversos profissionais atuantes e futuros profissionais, além de assistir a vídeos postados nas redes sociais ou até mesmo aulas ao vivo e confesso que  estou realmente preocupado com o descuido de diversos profissionais quanto à aplicação da biomecânica nos exercícios.

Muito diferente da realidade de 20 anos atrás, onde as pessoas eram muito mais ativas, não existiam tantos meios de transporte, eram fisicamente mais fortes, mais saudáveis, nos dias de hoje cada vez mais as pessoas já estão iniciando a prática de exercícios com lesões, principalmente  em nível de joelho, ombro e coluna, adquiridos através do tipo de trabalho , esporte praticado, de herança genética, mas principalmente pela falta de fortalecimento advindo do sedentarismo, e é exatamente esse público que está chegando às nossas aulas, de forma repentina, sem contar que uma grande parte nunca fez determinados tipos de movimentos ou não sabem executar movimentos básicos. Contudo, minha preocupação é que parece que muitos profissionais se esqueceram ou não aprenderam Biomecânica Aplicada e, por isso, não a utilizam de forma segura em diversos formatos de aula, pois muitas apenas visam apenas a diversão e os profissionais apenas vêm potencializando a importância de não perder a oitava musical para não errar a coreografia, pois dessa forma não haverá o “SHOW”.

Mesmo com tanto suporte científico disponível, professores aplicando exercícios que para alguns não são recomendados por diversos motivos, seja por falta de consciência corporal, por motor padrão alterado, dentre outros. Um exemplo muito simples é o agachamento, que do ponto de vista do movimento humano, todos deveriam executar de forma perfeita e natural, mas não é bem assim que acontece dentro das salas de ginástica. Não é novidade para quem entende o mínimo da biomecânica que a aplicação dos ângulos de execução do agachamento vai depender de diversos fatores individuais, desde consciência corporal, alteração anatômica e mecânica, lesões, enfraquecimento e desequilíbrio muscular, bem como encurtamentos e pouca mobilidade articular (principalmente quadril e tornozelo) podem  dificultar a técnica de execução, mesmo assim todos são estimulados a executarem da mesma forma, muitas vezes na primeira aula com carga, sem o mínimo de avaliação necessária para realmente saber se é viável determinada aplicação naquele momento. Os professores de ginástica em academia necessitam e devem se atualizar no que se referem a todos as outras profissões que se interligam com a nossa, além das relacionadas à nossa especialidade,  Por isso, é preciso que todos os professores de Educação Física que trabalham na área de ginástica de academia estejam conscientes da importância de seu trabalho na vida de cada aluno.

Os professores de ginástica têm que ter consciência de uma vez por todas que aulas coletivas são treinamentos, e a biomecânica, fisiologia e o treinamento desportivo são os  mesmos a serem aplicados nos alunos. Poderia descrever diversos outros exercícios que por algum motivo não seriam executados com perfeição, mas deixo aqui o alerta para coordenadores, gestores e principalmente professores, e ainda afirmo sem medo de errar que, num futuro próximo, o mercado se encarregará de deixar de fora profissionais que não se atualizam.

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