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Não, as academias não vão acabar! Mas terão que ser híbridas

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Colunista

Cristiano Santos

Designer web, fundador da Kamus. Empresa especializadas em projetos web de comunicação e vendas online. Consultor técnico dos sites L.A. Fitness Solutions, Congresso Carioca de Educação Física, Revista Empresário Fitness & Health e Vendas em Academias. Mais de 20 anos de experiência na criação de sites, blogs, lojas virtuais em mais de 250 projetos.

Enquanto eu escrevo esse artigo, estamos com um ano e meio de pandemia, e os números de casos diários de COVID19 começam a baixar sistematicamente refletindo o esforço de vacinação da nossa população.

Ainda que não tenhamos atingido aquele número mágico de duas doses em 70% dos brasileiros, estamos caminhando nessa direção.

Durante todo esse período de combate à doença e muita restrição e sacrifícios de todos nós, muitos aprendizados foram tirados nesse recorte das nossas vidas. Todos tivemos que nos adaptar, aprender e evoluir como pessoas, familiares, colegas de trabalho e empresários.

No nosso segmento, muitas idas e vindas sobre a liberação presencial nas academias, boxes e estúdios. Muito investimento, cortes, ajustes.

Não foi fácil!

Do outro lado, os clientes também precisaram se adaptar.

Aqueles que já eram conscientes da importância fundamental da prática de exercícios físicos, deram o seu jeito. 

Houve quem fez por conta própria, buscou contato direto com seus professores, ou personal trainer, instalou aplicativos, assinou plataformas, enfim, correu atrás.

Mas para o público que ainda estava na jornada inicial da prática de exercício físico como um hábito verdadeiro, o setor teve perdas significativas.

Pior: o setor perdeu justamente para áreas que pioram ainda mais a sua qualidade de vida.

Basta ver o número de compras online e os tipos de produtos mais comercializados em 2020. O segmento fitness ficou em 4º em volume de vendas. Mas de novo: é, em boa parte, um público já engajado.

Mas será que o público voltará a frequentar as academias como antes?

Certamente, mas não do mesmo jeito!

Como o próprio título diz, as academias não vão acabar. Mas também elas nunca mais serão vistas do mesmo jeito pelo público e precisarão se adaptar.

Os hábitos de consumo de trabalho foram profundamente impactados pela pandemia. Basta ver que um estudo recente realizado pela consultoria em Recursos Humanos Robert Half. Ele diz que 33% dos funcionários pensariam em mudar de emprego caso fossem obrigadas a voltar ao formato de trabalho presencial.

Para as mulheres, esse percentual é ainda maior: 41% delas esperam flexibilidade nessa relação de trabalho, caso contrário, elas mudariam de emprego.

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Quanto a sua academia mudou durante a pandemia?

"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente. Quem sobrevive é o mais disposto à mudança."

A citação de Darwin é conhecida por todos do nosso segmento, mas eu me pergunto porque não a aplicamos no cotidiano dos nossos negócios?

O que você fez para a sua academia promover saúde para os seus clientes durante a pandemia? 

Qual foi o plano de ação para manter seus alunos e clientes praticando suas séries em seus exercícios físicos?

Como você deu suporte para esse público durante a crise de saúde global?

Se você não conseguiu responder a nenhuma dessas perguntas, certamente continuará com muita dificuldade para manter o seu negócio, mesmo que vençamos a batalha contra a COVID19.

Um exemplo bem importante é o dos cinemas.

Essa é uma indústria gigantesca e que tem como principais players, dois segmentos: os estúdios e as salas de cinemas.

Pergunte-se para si mesmo: quantos serviços de streaming você assinou nesse um ano e meio de pandemia? 

Um? Dois? Três? TODOS?

Será que você irá no cinema para assistir aquele filme não muito bom e que custa em média R$ 30,00 o ingresso, mais a pipoca, refrigerante, doces, estacionamento, combustível e outros custos por causa da sua presença no shopping, ou vai fazer uma pipoca de microondas e deitar no sofá com a família pausando para rever a cena que você não entendeu de vez em quando?

Você pode responder que vai no cinema mesmo assim, pois a experiência é outra, fora o passeio agregado.

Ok, eu concordo com você, mas eu garanto que você vai pensar DUAS VEZES quando fizer a conta, e sim, algumas vezes você vai ficar em casa!

Ao pensar nesse exemplo, como você acha que o público da sua academia vai agir (e alguns deles já estão agindo assim) na hora que bater aquela preguiça no primeiro dia de chuva no horário em que ele tem marcado para ir na sua academia? 

Será que ele vai?

Ou você acha que adianta colocar uma publicação no perfil do Instagram da sua empresa com Arnold Schwarzenegger dizendo “Tá chovendo? Venha malhar! No pain, no gain” e que isso é que vai motivá-lo a ir na academia mesmo chovendo? 

Lamento dizer: Não. Ele não vai!

Está na hora de mudar!

Recentemente eu participei de uma live no projeto do Educação Física do Instituto Federal Fluminense com o professor Angelo Dias, onde o tema era “Instagram para Academias“.

Nessa live eu contei, entre outras coisas, sobre a mudança de um dos “P” do marketing: o “P” de Praça. 

Eu expliquei que é preciso que as academia entendam que agora a Praça é onde ela estiver. Seja no endereço físico ou numa plataforma online. 

É preciso que as academias sejam híbridas.

Claro que o público continuará frequentando as academias, mas é fundamental que os empresários desse segmento promovam saúde também no ambiente online.

Caso contrário, ele só irá na sua academia para tentar cancelar a mensalidade!

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