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Gestores maestros dos talentos e da excelência dos serviços

Colunista: Edvaldo de Farias

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Quando falamos ou abordamos a figura de gestor, seja no ambiente das empresas do segmento fitness & wellness, denominado por alguns autores como o segmento do bem-estar, ou fora dele, é comum que venha à nossa mente a imagem de alguém que, no exercício de sua função, tem subordinados, dá comandos, controla, determina e…. toma decisões.

Perfeitamente explicável pela carência de bons exemplos em nosso cotidiano, a figura e o exercício da função gerencial acabam gerando confusão tanto conceitual quanto atitudinal entre o que, de fato, é um gestor e um chefe.

Para além dos conceitos propagados pela literatura de negócios, a diferença entre gestores e chefes tem gerado muita confusão no mercado de trabalho e no dia-a-dia das empresas, na medida em que, ao assumirem o papel de gestor, as pessoas acabam assumindo que sua função é basicamente a de controlar seus subordinados, de disciplinador de hábitos e atitudes, além de controlar processos e procedimentos, levando os colaboradores a temer, e não a respeitar, e muito menos a se inspirarem nele para desenvolver trabalho em equipe com sinergia de propósito. Não é raro ouvir que gestores são vistos como aqueles que estão “do outro lado da mesa”.

O papel do gestor na empresa

Se considerarmos a afirmativa recorrente nas posições defendidas por Farias (2021), quanto ao fato de que negócios de excelência somente são possíveis quando produzidos por empresas e pessoas de excelência, é lícito afirmar que tudo isso não faz sentido sem a figura do gestor, tendo este um compromisso inabalável com a qualidade das entregas que sua empresa faz aos clientes.

Mas, para isso, é necessário que este gestor desempenhe, de fato, um papel de maestro, no sentido de ser o responsável por orquestrar os talentos que compõem sua empresa, os processos voltados à geração de resultados e as pessoas que viabilizam tudo isso. Deve cumprir este papel com tal maestria a ponto de nada disso acontecer se ele não fizesse parte da empresa.

Com isso, é possível afirmar que os resultados de excelência que os clientes esperam nas relações de consumo dos serviços em nosso segmento de negócio precisam de gestores comprometidos com tudo isso e focados na ideia de que somente uma equipe de campeões pode levar a empresa a patamares superiores de qualidade e, por conseguinte, de competitividade. Isso só é possível, ao nosso entender, quando as equipes têm gestores verdadeiramente “campeões”, diferenciados, e genuinamente de excelência, o que significa dizer, como afirma Adams (2014), que são responsáveis pela adequação dos produtos (serviços) as pessoas que o compram, cumprindo assim o requisito essencial da qualidade.

Nesse momento, diante dessa afirmativa, pode ser que tenha vindo à sua mente uma pergunta:

Mas afinal, como deve ser um gestor de excelência para fazer tudo isso acontecer nos negócios em fitness & wellness?

7 atributos do gestor de excelência no mercado fitness

Muito se tem escrito sobre esse perfil ideal nos últimos tempos, sobretudo quando se fala de empresas prestadoras de serviços, que pela sua intangibilidade, precisam ser de qualidade desde o momento que o cliente tem contato com eles. Sobre esse “perfil ideal” e as características de gestores de excelência, Venlioles (2005, 2021), profissional de referência neste segmento de negócios e com vasta experiência no gerenciamento de equipes e empresas de pequeno e grande porte, nos apresenta um conjunto de sete atributos que devem fazer parte do portfólio profissional de quem pretenda exercer tal função, seja na empresa de alguém ou na própria. São eles:

  1. Foco na qualidade dos serviços: todo gestor deve ter em mente que as entregas objetivas de sua empresa, feitas por seus colaboradores, precisam de diretrizes claras cujo foco seja a superação das expectativas dos clientes em relação ao que esperavam receber, sempre que possível superando-as. A ideia de que qualidade significa uma correlação positiva entre EXPECTATIVAS X DESEMPENHO na visão dos clientes é válida e plenamente aplicável aos serviços. O encantamento surge, exatamente, quando as expectativas são superadas por um desempenho acima da média, da mesma forma que a decepção emana da frustração nas expectativas por um desempenho aquém do esperado naquilo que o cliente consumiu.
  1. Propagador da filosofia da empresa: o papel do gestor é ser o guardião dos valores e princípios da empresa onde atua, de tal forma que em todas as suas ações e decisões eles sejam perceptíveis, sem que sequer precise ser dito textualmente. Além disso, há necessidade do gestor ter como compromisso cotidiano replicar esses princípios e valores aos novos colaboradores de tal modo que percebam, desde o início de sua trajetória profissional, “o que vale e o que não vale” na empresa.
  1. Crença nos colaboradores: há necessidade imperativa de os gestores acreditarem nas competências, habilidades e atitudes de cada colaborador de sua equipe, de tal forma que estes sintam-se sempre “empoderados” a fazer o seu melhor sem que precisem de alguém que os diga como fazer isso. Gestores que acreditam em seus colaboradores têm equipes confiantes, ávidos por acertar e comprometidas com os resultados. Por outro lado, gestores que não são assim criam a cultura do “medo de errar”, da busca por culpados e da passividade ou omissão, o que impede a melhoria contínua e as iniciativas por empreender inovações no negócio.
  1. Incentivo ao trabalho em equipe: como consequência direta do atributo anterior, gestores que incentivam o trabalho em equipe acreditam que o “nós fizemos” é mais poderoso e produtivo do que o “eu fiz”, e sabem também que numa equipe de verdade o resultado de 1 + 1 > 2, na medida em que energias, capacidades e vontades se multiplicam, quando há sinergia.

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  1. Estudante vitalício: gestores assim são sempre inspiradores e desafiadores em suas equipes, pois como têm o hábito da educação continuada e capacitação contínua, entendem que as “dúvidas desafiadoras” têm muito mais força que as “certezas cristalizadas”, e por isso entendem o valor de aprender continuamente para melhorar suas entregas à sociedade. Investem em capacitar suas equipes porque sabem que “quem assume que nada mais tem a aprender, nada mais tem a crescer”, e essa atitude representa o começo do fim.
  1. Cliente são foco de suas ações: significa um compromisso intenso e constante do gestor com a satisfação e lealdade dos seus clientes, que em última análise são as geradoras da sobrevivência do negócio. Gestores que agem assim, inspiram seus liderados a fazer o mesmo, criam uma cultura do foco no cliente, que confere identidade diferenciada à empresa, transformando isso na sua marca.
  1. Prioridade em prazos e resultados: gestores que dão prioridades a prazos e resultados não necessariamente são “cobradores” indesejáveis, mas sim, pessoas que, sabendo das capacidades da sua equipe, estabelecem metas desafiadoras, mas jamais desumanas. Reconhecem que sob pressão coercitiva, dificilmente pessoas buscam fazer o seu melhor, mas simplesmente “fazem porque o chefe quer”. Assim, priorizar metas e resultados é dar diretrizes, baseadas no cenário, nas demandas e na concorrência, mas sempre “com” as pessoas e nunca “apesar delas”.

Como o gestor deve ser

Assim, esperamos que tenhamos deixado claro o quanto os gestores dos negócios em fitness & wellness precisam ser inspiradores, envolventes, influenciadores e ainda serem capazes de sintonizar energias, talentos e objetivos comuns, como demonstra a figura a seguir, com o propósito de atingir os resultados que o negócio precisa para continuar existindo e fazendo entregas que sejam geradoras de experiências positivas para os seus consumidores.

Figura 1. O que é liderar

Referências:

ADAMS, J. L. Excelência no Desenvolvimento de Produtos. SP: M.Books do Brasil, 2014.

FARIAS, E. Motivação dos Colaboradores e Performance das Empresas de Serviços: Quem Vende Bem-Estar Precisa ter Bem-Estar. Revista Empresário Fitness & Health. V. 103. Disponível em https://empresariofitness.com.br/gestao-com-ciencia/motivacao-dos-colaboradores-e-performance-das-empresas-de-servicos-quem-vende-bem-estar-precisa-ter-bem-estar/. 2021.

FARIAS, E. Motivar Equipes em Tempos de Crise: Uma Boa Estratégia para os Negócios. Revista Empresário Fitness & Health. V. 99. Disponível em https://empresariofitness.com.br/gestao-com-ciencia/motivar-equipes-em-tempos-de-crise-uma-boa-estrategia-para-os-negocios/. 2021.

VENLIOLES, F. M. Manual do Gestor de Academias. RJ: Sprint, 2005.

_______________. Coordenador de Academia: O Caminho do Sucesso. RJ: Ruja, 2021.

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