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Perfil comportamental das pessoas durante e após a pandemia.

Colunista: Cris Santos

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Qual a expectativa das pessoas nesse momento e como o cenário pandêmico está mexendo com cada um?

Estou dividindo as pessoas em dois grandes grupos: dos otimistas e dos pessimistas.

Os otimistas são aqueles que estão vendo, na imunização e nas vacinas, uma luz no fim do túnel e pensam: “poxa, daqui a pouco vou poder sair de casa retomar a minha vida e meu trabalho”! Mesmo que a passos lentos, entendem que esse é o caminho e se preparam para uma retomada com mais segurança e imunizados.

Já os pessimistas, apesar de olharem para a questão da imunização como algo positivo, sabem que já perderam muito e entendem que a retomada será lenta. Não acreditam numa recuperação a médio prazo, o que os deixa resistentes e descrentes. Apoiados nos seus medos pessoais, sentem-se inseguros e impotentes e estão emocionalmente abalados.

As pessoas, de um modo geral, querem cuidar de suas vidas e voltar a circular livremente, lógico, mas estão dando importância para coisas que no passado não davam. É como se começassem a valorizar mais as pequenas coisas da vida: os relacionamentos, a alimentação, a saúde e a vida… precisou chegar um “bicho” invisível para fazer visível hábitos que deveriam ter sido constantes na nossa rotina.

Estamos mais atentos ao simples, ao real, ao que de fato importa e isso se deve à grande perda de pessoas acometidas pela COVID. Muitos de nós fomos direta ou indiretamente impactados por uma vida perdida. E isso nos fez repensar. Principalmente para resgatar o senso de respeito pelos que se foram e uma grande responsabilidade para os que ficaram.

Nesse sentido, as práticas colaborativas foram estimuladas pelos mais conscientes e estão em alta. São elas as campanhas de oferta de alguma coisa, seja um serviço, um produto ou mesmo as “vaquinhas” comunitárias. O boom na internet tirou as pessoas do isolamento e devolveu em formato de contribuição e compaixão. Uma forma de manter-se ativo e presente, o que a meu ver, deveria manter-se em formato perpétuo.

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As relações de trabalho nunca mais serão as mesmas e isso se deve ao teletrabalho. Empresas e funcionários entenderam que há entrega e senso de cooperação em trabalhos à distância, com uma série de benefícios, comportamentais e econômicos, além, é claro, do estímulo à maturidade e responsabilidade individual. Estamos tendo que desenvolver novas competências para nos mantermos relevantes. As casas das pessoas estão mais tecnológicas, as empresas estão municiando profissionais para entrega de qualidade, pessoas estão alocando recursos de tempo e gestão de afazeres domésticos e tempo dedicado ao trabalho, o que resulta em uma ação educativa no núcleo familiar. Filhos entendem que os pais precisam de um espaço, pais entendem que os filhos querem atenção e, com isso, estamos nos educando para fazer dar certo.

O consumo está e será mais inteligente: as pessoas estão produzindo seus próprios alimentos, estão selecionando onde irão gastar seu dinheiro, as roupas caras estão perdendo espaço para o turismo e momentos de descontração e lazer junto dos que amam.

E por falar em mudanças de hábitos, a higienização tanto de ambientes quanto pessoal, também permanecerá. Um estudo realizado por especialistas de tendências e divulgado no jornal britânico “The Economist”, releva, entre outros, que outras doenças deixarão de existir pelo simples fato de nos preocuparmos mais com a higiene, pois vírus e bactérias serão amplamente eliminados pelos novos hábitos.

Para o setor, penso que as academias precisam olhar para as pessoas, todas elas, como seres que são e estão sobreviventes de uma tragédia mundial. Precisamos lembrar e nunca mais esquecer que pessoas são seres humanos e que todos estamos reaprendendo a confiança, a liberdade, o hábito e a consciência. As mentes estão psicologicamente abaladas e precisamos olhar para isso.

E eu desejo sinceramente que o termo empatia saia da mente e afete o coração das pessoas!

Um forte abraço virtual!

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