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Finanças

Quando as contas não fecham

Por Celso Cunha

Esse artigo é uma cortesia exclusiva para os participantes de uma de nossas Masterclass. Por não divulgue esse link.

Quando se abre um negócio, a felicidade se faz presente pela realização de um sonho, aquele objetivo de não ter patrão, de ser dono de seu próprio tempo, o status… “Agora sou um empresário, um empreendedor…” E tudo está certo até começar a dar errado. Até entender que diversas obrigações estão nesse mesmo pacote e que você deixou de ser pedra para ser vidraça. 

E, alguns meses depois, os “amigos” – agora funcionários – lhe cobram atitudes, benefícios sem sacrifícios, o bônus sem o ônus e algo mais… Contas se acumulam sobre a mesa e persiste a dúvida de qual delas quitar já que não existem recursos para todas, tipo roleta russa. O arrependimento sobre os gastos desnecessários e os devedores que se escondem… Seria o Mercúrio retrógrado?

“Será que fiz certo ao me aventurar?”

A dúvida persiste nos momentos de baixa, estresse e cansaço, pois achava que trabalharia menos. Antes eram entre 8 e 10 horas de segunda à sexta com intervalos, horários de descanso, folgas e viagens. A receita era boa e eu conseguia poupar. Agora trabalho 15 horas, sou cobrado por todos e ninguém está satisfeito. Nem eu. E no final, não sobra nada. Como pode? Eu trabalhava para os outros e ganhava, agora trabalho para mim mesmo e não ganho. Esse tal de “custo de oportunidade”. Devo ter errado nesse cálculo…

Vamos lá: qualquer semelhança não será mera coincidência, entendendo que cada caso é um caso e deveria ser avaliado separadamente.

Entenda que o objetivo da empresa é o lucro e a perpetuação do negócio e não custear os gastos dos sócios!

O tempo de maturação do negócio varia entre seis meses e dois anos. Até então, segundo as estatísticas, seis empresas a cada dez encerram suas atividades nesse período.

O capital de giro é fundamental para atravessar essa seara. E, quando utilizado deverá ser reposto o quanto antes.

Possíveis soluções

  • Para sair do buraco, o primeiro passo é parar de cavar. Não endividar mais a empresa e/ou os sócios;
  • Apurar resultados mensais, D.R.E.;
  • Avaliar o negócio em si antes da retirada dos sócios e definir se vale ou não a pena insistir. A persistência e a teimosia se confundem e são separados por uma linha tênue;
  • Analisar a demanda por seus serviços e comparar com o quadro de colaboradores e o custo de mantê-los. É a conta de trás para frente. De quantos profissionais preciso para atender a demanda efetiva?
  • A capacidade de pagamento da empresa, de honrar seus compromissos com todos os colaboradores, credores, fornecedores e sócios;
  • Investimento/retorno, Payback e prazo;
  • Transformar ações em números e avaliar friamente os resultados;
  • Planejar, Executar e Controlar; se necessário mudar.
  • Capacitar a si e a equipe.
  • Entender a demanda e buscar atendê-la dentro de suas possibilidades;
  • Definir prioridades e adaptar os gastos à receita. Cortar gastos tem limite, aumentar receita não.

Bons negócios e boa sorte!

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